A ex-governadora Roseana Sarney (MDB) bateu o martelo: resolveu escantear o ex-presidente Lula (PT), preso na superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, onde cumpre pena de 12 anos e 01 mês pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, para apoiar o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro.
A definição ocorreu nesta segunda-feira (15), após reunião da emedebista com aliados.
Roseana deverá, nas próximas horas, anunciar publicamente sua preferência em um comunicado que será divulgado nas suas redes sociais e para imprensa.
Derrotada nas urnas, no último dia 07, quando viu o seu adversário Flávio Dino (PC do B) reeleger-se governador do Maranhão no primeiro turno, a ex-governadora e o seu grupo enxergam em Bolsonaro, líder absoluto em todas as pesquisas de intenção de voto divulgadas até o momento, uma espécie de “tábua de salvação política”, uma vez que foram reduzidos a praticamente nada nas eleições deste ano no Maranhão.
Roseana passou todo o primeiro turno da campanha para o governo escondendo o candidato do seu partido, o economista Henrique Meirelles, e mantendo distância do presidente Michel Temer.
Tentou, de todas as formas, surfar na popularidade que Lula possui no Maranhão colando a sua imagem na do ex-presidente – reveja e reveja.
O primeiro sinal de fumaça jogado pelo grupo da ex-governadora em direção ao capitão reformado do Exército partiu do próprio ex-presidente José Sarney (MDB), que deixou vazar na imprensa avaliação na qual afirmava que Bolsonaro, caso seja eleito, sofrerá impeachment em menos de seis meses – reveja.
Tratou-se, na verdade, de um recado que, no popular, se traduz da seguinte forma:
“Você precisará conversar com a classe política, Bolsonaro. Fazer acordos para garantir a governabilidade”.
Após a derrocada nos pleitos majoritário e proporcional, surgiram as primeiras adesões sarneysistas.
O primeiro foi o deputado estadual reeleito, Adriano Sarney (PV). Depois o ex-secretário estadual de Saúde, Ricardo Murad (PRP).
Agora, foi a vez de Roseana, que deixou de lado as juras de amor feitas a Lula para tentar embarcar no projeto Bolsonaro presidente.