O senador Roberto Rocha (PTB) criticou fortemente o ex-presidente nacional do seu partido, Roberto Jefferson, e o que ele classificou de parcialidade nas decisões judiciais.
O petebista manifestou-se acerca do episódio envolvendo o ex-deputado federal, na tarde de ontem, no Rio de Janeiro, oportunidade na qual ele disparou tiros de fuzil contra policiais federais e ainda jogou granadas contra os mesmos.
Jefferson foi preso por violar medidas de prisão domiciliar e também detido em flagrante sob a acusação de tentativa de homicídio.
Antes, ele havia criticado fortemente a ministra Carmem Lucia, do Supremo Tribunal Federal.
“Sou o Líder do PTB no Senado, e não poderia deixar de me manifestar publicamente sobre esse lamentável episódio com o Roberto Jefferson, ex-presidente do PTB. A polícia estava cumprindo um mandado judicial, e jamais poderia ser recebida à balas. Nestes casos, não tem três lados, somente dois. Ou é polícia ou é bandido. Até mesmo os policiais baleados podem discordar da decisão judicial, mas não cabe à eles discutir. Nem à ninguém! Decisão judicial não se discute, cumpre-se. Quem quiser, recorre! Esse é um ponto. O outro, é a total parcialidade nas decisões judiciais. Ambos são deploráveis, e não me calo sobre nenhum”, afirmou Roberto Rocha, que é aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato a reeleição.
“Deploro as palavras do Roberto Jefferson contra a ministra Carmem Lúcia e sua reação armada contra a PF. De igual modo é deplorável, num inquérito inconstitucional, um juiz sozinho investigar, denunciar, julgar, condenar e prender. Cadê o Ministério Público Federal? E o Senado?”, questionou o parlamentar.
“Estamos numa ‘guerra santa’, do bem contra o mal. Luto pelo bem do Brasil. Em primeiro lugar, meu Brasil é o Nordeste, é o Maranhão. Numa guerra, lutamos por liberdade. Mas, nesta, seria uma honra ser mais um preso político, e guardar pra vida toda como uma cicatriz de guerra. Alexandre de Moraes está desafiando o Brasil, e quer o povo brasileiro de joelhos. Pois bem, de pé, como brasileiro do Maranhão, eu o desafio: MANDA ME PRENDER!”, completou.