O ex-governador e senador eleito pelo Maranhão, Flávio Dino (PSB), trabalha com o objetivo de evitar que a Justiça e a Segurança Pública sejam separadas e formem dois ministérios distintos no próximo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que se inicia em janeiro.
Membro da equipe de transição justamente nas áreas citadas, o socialista quer manter os dois setores juntos, como está atualmente, para, a partir do ano que vem, assumir o ministério da Justiça e Segurança Pública.
A situação voltou a ser destaque neste domingo e foi abordada em reportagem e notas publicadas no Jornal O Estado de São Paulo.
De acordo com o que foi revelado, Dino vem sendo alvo de críticas de petistas por defender a manutenção do atual modelo justamente visando se beneficiar.
Ainda segundo o que foi apurado, com a força da Justiça e Segurança Pública, Dino almeja cacifar-se para a sucessão do próprio Lula, em 2026.
O presidente eleito já afirmou em algumas entrevistas que não irá tentar a reeleição, o que deixou um território aberto para aliados tentarem ganhar visibilidade e reforçarem seus projetos para o próximo pleito presidencial.
No primeiro turno da campanha para o Governo, Lula esteve em São Luís e, durante ato na Praça Maria Aragão, afirmou que Dino, caso fosse eleito, não iria passar muito tempo no Senado, dando indício de claro de que gostaria de ter o maranhense na sua equipe de ministros.
Caso vença o cabo de guerra e consiga manter o ministério da Justiça e Segurança Pública como está, vindo a assumi-lo, Flávio Dino abrirá sua vaga na Câmara Alta para a vice-prefeita da cidade de Pinheiro, Ana Paula Lobato (PSB).
Ela é esposa do deputado estadual reeleito e presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto (PC do B), que busca ser reconduzido ao cargo para o próximo biênio.