Domingos Paz volta a negar acusações de assédio sexual e estupro

O vereador Domingos Paz (Podemos) voltou a negar, nesta sexta-feira, em entrevista a Rádio Mirante AM, acusações formuladas contra ele apontando para os crimes de estupro e assédio sexual.

Ontem, a vereadora Silvana Noely (PTB) encaminhou ofício para a Comissão de Ética e Decoro da Câmara de São Luís solicitando que Paz seja afastado temporariamente, enquanto durarem as investigações, e que o seu primeiro suplente, professor Sá Marques (Podemos), seja empossado no cargo.

“Isso não passa de perseguição de pessoas más e perversas. Eu sou pai, tenho três filhos, para ser acusado de um crime que você vai na justiça e não tem nada. Isso não passa de mentira. Eles pegam falsas vítimas para querer incriminar o vereador Domingos Paz. Mas eu estou de cabeça erguida, a consciência e o coração limpo, que nunca me aproximei de menor de idade. “Isso não vai ficar barato, não vai ficar esquecido. A justiça já está tomando as medidas cabíveis e serão penalizados aqueles que levantaram calúnia. A Justiça vai penalizar os culpados, não tenho dúvida. Tentaram forjar corpo, tentaram levar falsas denúncias, mas graças a Deus, a justiça não concedeu isso porque entendeu que não passam de mentiras e fofocas. Isso foi orquestrado”, afirmou.

Pelo menos seis mulheres, sendo uma de apenas 14 anos, afirmaram terem sido vítimas do parlamentar que, segundo elas, as assediaram sexualmente em troca de benefícios.

Ele também foi acusado de estupro. A Delegacia de Proteção a Criança e Adolescente (DPCA) já instaurou inquérito para apurar o caso.

Em uma conversa – a qual a Polícia já teve acesso – entre o político e uma das vítimas, a ex-conselheira tutelar Gleice Salazar, por meio de um aplicativo de mensagens, Domingos Paz tenta marcar o encontro fora do expediente do trabalho:

‘Gostei muito de você, desejaria conversar novamente’, diz o político na mensagem.
Quando a vítima se dispõe a ir até o gabinete de Domingos Paz, na Câmara Municipal de São Luís, ele rebate: ‘No gabinete é muita gente. Não pode ser em um lugar reservado?’, questiona o vereador. Após ser questionado pela vítima, ele apaga as mensagens.

Gleice Salazar havia entrado em contato com o vereador para solicitar serviços de iluminação pública e tratar da falta de professores em escolas da Vila Sabiá, em São Luís.

“Ele falou assim: olha, seu corpo é muito bonito. Só que eu não estava imaginando meu corpo, eu não estava de roupa, só tinha uma parte do meu braço aparecendo, igual essa que eu estou usando. Ai ele falou assim: teu corpo é muito bonito, manda uma foto. Ai ficou claro para mim que o interesse não era na questão das escolas, da iluminação e que a minha foto, uma vez que eu não mandei, tinha se condicionado a essa situação de que para ele atender a situação das escolas e da iluminação, eu tinha que ter mandado a foto. Como eu disse que eu não iria mandar e que eu não trabalhava com isso, que eu trabalhava com papel e caneta, e aí ele fingiu que eu não existia mais e que a pauta já não era importante”, disse.

Em outra conversa, o político fala com uma adolescente de 14 anos. A mãe da menina, que acompanhou as conversas, disse que o vereador ofereceu dinheiro para sair com a filha. Em uma das mensagens, ele disse que ‘ninguém poderia saber’.

A mãe da adolescente desconfiou da atitude do vereador, mas decidiu levar a conversa a adiante. Ela chega a aceitar a proposta dele, o vereador ameaça e o político se identifica como policial civil.

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