A direção do PDT do Maranhão é contra o partido federar-se com o PSB, partido do governador Carlos Brandão e do ministro Flávio Dino, já com efeitos para o pleito municipal de 2024.
O senador e presidente regional da sigla, Weverton Rocha, confirmou a tese em recente entrevista concedida ao Estadão.
Na sua avaliação, como a cláusula de barreira é testada somente nas eleições nacionais – a próxima ocorrerá em 2026 – não é necessário ter pressa para que a junção ocorra e já esteja em vigência para o ano que vem.
O entendimento do senador é o mesmo do vereador Raimundo Penha, que presidiu a sigla em São Luís por dois mandatos.
“Sou contra a federação para a eleição de 2024. O PSB tem o governador; o ex-governador; a presidente da Assembleia Legislativa. Está muito fortalecido e com uma estrutura de poder muito grande. Aliar o PDT a ele, já valendo para o pleito do ano que vem, significa sufocar o nosso partido e impedi-lo de manter diálogo com outros campos políticos”, comentou Penha em entrevista ao quadro Hora da Política, da TV Guará.
A federação, já valendo para 2024, obrigaria o PDT a apoiar um provável projeto de candidatura para prefeito de São Luís que poderá ser encabeçado pelo deputado federal Duarte Júnior.
“Na eleição de 2020, o PDT decidiu apoiar o Braide. Este apoio significou um NÃO ao nome do Duarte. A junção partidária nos imporia o nome do Duarte. Não que não possamos dialogar com o deputado federal. Mas é necessário que tenhamos liberdade para dialogar com todos”.