O pregão eletrônico autorizava o prefeito, em pleno ano pré-eleitoral, a contratar “por tabela” 1.748 profissionais para atuarem nas Secretarias Municipais da cidade.
A repercussão para o filho do ex-deputado Soliney Silva foi tão negativa que o referido decidiu recuar – pelo menos por enquanto – e fracionar a operação.
Dos mais de R$ 66 milhões licitados, Bruno Silva contratou pela bagatela de R$ 8.990.620,08 o Instituto de Desenvolvimento e Gestão IDG para prestação de serviços continuados de apoio administrativo e atividades auxiliares, com fornecimento de todos os materiais de consumo e equipamentos necessários, para a Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão.
Somente com a contratação de auxiliar de serviços gerais, com disponibilidade de 118 vagas, o desembolso da Prefeitura, por um período de doze meses, será de R$ 3.799.595,28.
Para o cargo de vigilante administrativo, com 52 vagas, o valor a ser pago será de R$ 2.054.395,20.
A quantia de R$ 1.810.431,72, de acordo com o contrato, será gasta com o pagamento anual de 57 pessoas para atuarem como auxiliar administrativo.
O Instituto IDG, com sede no bairro do Renascença, em São Luís, vale destacar, já se envolveu em polêmicas em outros municípios maranhenses.
Em uma cidade da região metropolitana de São Luís, por exemplo, a Justiça suspendeu um processo no qual a entidade privada sem fins lucrativos seria contratada por R$ 39 milhões para prestação do mesmo serviço.