Dino defende mandato de 11 anos para ministros do STF

Nome mais cotado para assumir uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal no lugar de Rosa Weber, que se aposentou compulsoriamente na semana passada, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, voltou a defender um mandato de 11 anos para os integrantes da mais alta corte da Justiça Brasileira.

“Defendi [em 2009] e defendo até hoje. Esse é um modelo bom, modelo que a Europa pratica. Os EUA não, os EUA têm a cláusula do ‘bem servir’, que não tem nem a aposentadoria compulsória. São modelos bem diferentes, mas eu acho que o mandato é uma mudança importante”, disse, esta semana, em entrevista à GloboNews.

Em 2009, Dino atuava como deputado federal e apresentou uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) para que houvesse uma mudança no período de mandato dos magistrados da Suprema Corte.

Flávio Dino também pontuou que, caso o projeto seja aprovado, a alteração não tem alteração retroativa, ou seja, os ministros atuais se aposentarão ao completar 75 anos ou se optarem por antecipar a saída do STF. “Seria para os novos ministros. Acho adequado porque ele percorre três [mandatos de] presidente da república”, completou.

O ministro da Justiça ainda relatou que seu projeto se baseou na média aritmética de mandatos de magistrados de cortes de países europeus.

“Eu entrei em silêncio obsequioso [sobre o tema]. Eu peguei o mandato dos principais países da Europa e fiz média aritmética. Deu 11 anos. Essa é a principal razão. É um mandato que não é muito curto nem muito longo. É moderado, eu diria”, concluiu.

A PEC de Dino foi engavetada, mas o Senado voltou a debater o tema na semana passada. Senadores estão incomodados com pautas discutidas e votadas no Supremo.

Parlamentares dizem nos bastidores que a Corte tem “invadido a área do poder legislativo” e “precisa de um freio”.

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