O ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, perdeu fôlego considerável na disputa por uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

A crise instalada na Esplanada dos Ministérios, que tem como atriz principal Luciene Barbosa Farias, mulher de Clemilson Farias, o Tio Patinhas, maior traficante do Amazonas e líder do Comando Vermelho no Estado, serviu para “queimar” ainda mais o filme do senador licenciado.

Já está comprovado que ela manteve agendas extraoficiais na pasta de Dino, tendo sido beneficiada com passagens pagas pelo governo Lula para participar de evento no Ministério dos Direitos Humanos este mês.

Apesar de não conhecer a “Dama do Tráfico”, Dino viu sua imagem e a do seu Ministério serem extremamente manchadas devido ao fato da esposa de um dos maiores traficantes do Brasil ter tido acesso permitido no MJSP.

É bem verdade que Lula saiu em defesa do ex-governador do Maranhão.

No entanto, as crises nos sistemas de Segurança Pública do Rio de Janeiro e Bahia, atrelado ao caso Luciene, por exemplo, foram fatos relevantes que nocautearam Flávio Dino.

Prova disso é de que, nos bastidores de Brasília, já é comentado que o principal concorrente do maranhense para o STF, Jorge Messias, advogado-geral da União, inflou sua musculatura e já é visto como o favorito para ocupar o cargo de ministro deixado com a aposentadoria compulsória de Rosa Weber.

Messias conta com apoio de setores do PT.

Setores, estes, que odeiam Flávio Dino, que é alvo de um novo pedido de impeachment protocolado por deputados da oposição na Procuradoria Geral da República.

O senador licenciado pode até não ser demitido pelo presidente da República neste momento.

Mas sua ida para o Supremo tornou-se ainda mais difícil.