Os senadores Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PSD) trocaram farpas públicas acerca dos cenários que se desenham em relação ao pleito de 2026, ocasião na qual as vagas dos parlamentares estarão em jogo.
O embate aconteceu via declarações dadas ao Estadão em uma reportagem que analisou os atores que poderiam absolver o espólio político no Maranhão do ainda ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB).
O maranhense deixará o MJSP no dia 01 de fevereiro, oportunidade na qual reassumirá o mandato de senador.
No dia 21 Dino renunciará à Câmara Alta e, no dia seguinte, será empossado ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), não mais podendo – pelo menos em público – participar de atividades políticas/partidárias.
Eliziane disse que tentará renovar o mandato e afirmou que Weverton saiu muito enfraquecido do pleito de 2022, quando disputou o Governo do Estado e ficou em terceiro lugar.
“Flávio Dino sai da política, mas é uma pessoa com muita influência no Estado, com proeminência. A saída para o Judiciário o coloca em outro Poder, mas ele continua, no meu entendimento, tendo influência. Não vai reunir, sentar, participar da política, mas sempre será proeminente. O governador Carlos Brandão, juntamente conosco, passa a liderar com mais protagonismo. Weverton rompeu com nosso grupo político, na última eleição ele teve vice do PL, mas ficou distante. Ele saiu muito enfraquecido da eleição”, disse a evangélica.
Weverton, por sua vez, avaliou que a adversária é quem terá dificuldades.
O senador aponta que a senadora se elegeu em 2018 com apoio de Flávio Dino e do eleitorado evangélico.
Mas, agora, o ex-governador estará no STF e os evangélicos podem ter resistência ao seu nome por causa da associação direta a Lula e à CPI do 8 de janeiro.
“Tenho dito que não podemos falar em espólio de alguém que está vivo e, ainda mais, que não pode falar politicamente. Dino ficou neutralizado politicamente pelo cargo, o que é natural, e não credenciou ninguém para falar por ele. Caberá às lideranças políticas do Estado preencherem essas lacunas. Claro que quem tem sintonia com as pautas terá mais naturalidade nesse processo”, afirmou.
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