A gestão da prefeita Paula da Pindoba (ainda no PC do B), do município de Paço do Lumiar, na região metropolitana de São Luís, voltou a ser alvo da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União (CGU).
Servidores das instituições estiveram na sede da Prefeitura, nesta última quarta-feira, com o objetivo de avaliar documentação referente à suposta existência de indícios de fraude e direcionamento de contratações em benefício de grupo empresarial acusado de desviar recursos federais dos cofres públicos luminenses.
Na ocasião, 70 policiais federais cumpriram em Paço do Lumiar e Teresina quatro mandados de busca e apreensão e 12 mandados de sequestro de bens e valores em endereços vinculados aos investigados, dentre eles nove órgãos públicos municipais, além de residências e empresas vencedoras das licitações supostamente fraudadas.
A investigação teve início a partir dos resultados de auditoria interna da CGU, constatando a existência de indícios de fraude e direcionamento das contratações em benefício do grupo de empresas que se sagravam vencedoras das disputas públicas.
Na sequência, foi identificado o superfaturamento por sobrepreço e por quantidade, em razão de emissão de notas fiscais com quantidades de produtos superiores às efetivamente entregues, ou venda de “notas fiscais frias”, quando é feito o pagamento dos impostos, porém sem entrega de produtos.
Ademais, apurou-se uma série de irregularidades em contratos e aditivos celebrados pelos entes com as empresas investigadas, que ensejou o sequestro de bens e valores dos investigados de mais de R$ 10 milhões.
O objetivo da ação foi interromper a prática criminosa, coletar provas para reforçar a tese investigativa e identificar outros servidores públicos ou particulares envolvidos no esquema, bem como recuperar bens e ativos adquiridos com os recursos desviados da Saúde e Educação.
O inquérito policial apura crimes licitatórios, crimes contra a administração pública, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O nome da operação, “Mustache” (bigode em inglês), faz referência ao uso pelo grupo criminoso dos endereços de Barbearia da capital piauiense para o registro de “empresas de fachada”.
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