Rodoviários paralisam atividades e não dão crédito à proposta feita por prefeito de São Luís

Foto: Nice Ribeiro/TV Mirante.

Motoristas e cobradores que trabalham nos sistemas urbano e semiurbano do transporte coletivo da Grande Ilha de São Luís cumpriram a promessa feita e paralisaram as atividades logo nas primeiras horas desta terça-feira.

A greve atinge a capital maranhense e os municípios de São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa.

Representantes do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão (STTREMA) e do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SET) estiveram reunidos na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, nesta última segunda-feira, oportunidade na qual um acordo não foi concretizado.

A entidade que representa as empresas que operam nos sistemas apresentaram como proposta, referente a data base do ano vigente, nenhum percentual de reajuste salarial; corte no valor do ticket alimentação; além de não garantir a manutenção do pagamento do plano de saúde dos trabalhadores.

A proposta não foi aceita pelos rodoviários.

No fim da tarde de ontem, o desembargador Francisco José de Carvalho Neto, do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-16), atendeu ação protocolada pelo SET e determinou que 50% da frota permanecesse circulando.

Em caso de descumprimento, uma multa diária de R$ 30 mil foi imposta ao STTREMA.

Nesta manhã, o prefeito Eduardo Braide (PSD) publicou um vídeo nas redes sociais afirmando que o Município assumiria o pagamento do percentual de reajuste negociado entre rodoviários e empresários.

“Sobre o transporte público de São Luís: não vai ter aumento de passagem! A decisão está tomada! Isso porque, o Município vai assumir o pagamento do percentual de reajuste negociado entre rodoviários e empresas. Sendo assim, não há motivos para ter greve e penalizar a população”, disse o pré-candidato a reeleição.

Rodoviários não deram crédito à proposta apresentada por Braide e mantiveram o movimento paredista.

O sistema urbano do transporte coletivo é de responsabilidade da Prefeitura da capital.
Já o semiurbano é de competência do Governo, por meio da Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB).

O órgão, pelo menos até o momento, ainda não se posicionou sobre a paralisação.

 

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