A Polícia Civil do Maranhão intensificou as investigações no sentido de tentar elucidar, com a maior brevidade possível, o assassinato de Josival Cavalcanti da Silva, empresário dono de postos de combustíveis e que sempre foi apontado no meio político como um dos maiores agiotas do Estado.
Ele foi executado com mais de dez tiros no fim da tarde da última sexta-feira (14), na loja de conveniência de um dos seus postos, situado no município de Zé Doca.
Pacovan, apelido pelo qual Josival era conhecido, estava na companhia do seu motorista quando um Siena Esence 1.6, placa PMZ8317, de cor preta, estacionou e dele desceram dois homens encapuzados que executaram o empresário natural do Estado de Pernambuco.
O motorista da vítima também foi atingida pelos disparos e permanece hospitalizado.
Um terceiro acusado dirigia o veículo, que foi abandonado em um povoado da cidade e incendiado.
O Portal AZ, do Piauí, divulgou informação revelando que, uma semana antes do crime, Pacovan esteve em Teresina para, supostamente, cobrar uma dívida de um homem que lhe devia.
O homem, segundo a publicação, também seria empresário e teria uma loja na Ceasa da capital piauiense.
“Discussão que fedia a sangue”, classificou o site para descrever o encontro entre os dois empresários.
Já foi descoberto que o veículo utilizado pelos executores está registrado no nome de Roberto Barbosa Moraes, que reside em Fortaleze, capital do Ceará.
O trabalho da Polícia centra atenções para identificar a procedência do automóvel, objetivando saber se houve clonagem da documentação ou se o mesmo foi roubado, por exemplo.
Pacovan foi preso diversas vezes em São Luís.
Em 2021, ele e outras 21 pessoas foram condenadas por crimes contra a ordem tributária, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.
Pacovan foi identificado como líder do grupo e foi sentenciado a dez anos, oito meses e 15 dias de prisão.
Segundo as investigações, os crimes de agiotagem foram praticados desde o ano de 2012, por meio de postos de combustíveis em São Luís e no interior do Maranhão.
Pacovan deixou esposa e dois filhos.