Empresário não comparece na Câmara e CPI faz quatro novas convocações

O empresário Antônio Calisto Vieira Neto, proprietário da Construmaster Construções e Locações, não compareceu a uma oitiva, marcada para esta tarde, na Câmara Municipal de São Luís na qual ele prestaria esclarecimentos acerca de suposto esquema fraudulento que teria sido denunciado por ele dentro da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos.

Calisto, através dos seus advogados, alegou que está em viagem na Europa.

Ele havia sido convidado por uma Comissão Parlamentar de Inquérito instalada na Casa para apuar supostas irregularidades em contratos emergenciais firmados pela gestão do prefeito Eduardo Braide (PSD).

Diante da sua ausência, o convite foi transformado em convocação e ele terá que se fazer presente no plenário Simão Estácio da Silveira na próxima quinta-feira, dia 18, às 9h.

Os membros da CPI também deliberaram em convocar a secretária municipal de Saúde, Ana Carolina Marques Mitri da Costa, e o ex-titular da pasta, Joel Nunes, pré-candidato a vereador da capital pelo PSD.

Os depoimentos de ambos foram marcados para terça-feira, dia 16, às 14h.

Outra convocação foi endereçada ao secretário municipal de Obras e Serviços Públicos, David Col Debella.

O convite feito à Calisto se deu por pedido do presidente da CMSL, vereador Paulo Victor (PSB), que afirmou ter sido procurado pelo empresário que lhe relatou a existência de um esquema fraudulento na Semosp, além de ter sido vítima de extorsão supostamente praticada pelo próprio prefeito e Col Debella – veja vídeo no fim do texto.

Em dois comentários feitos em uma publicação de Braide nas redes sociais, que foram apagados posteriormente, Antônio Calisto disparou xingamentos contra o prefeito e o secretário, garantindo ter sido extorquido, mesmo tendo ganho, licitamente, uma concorrência da Prefeitura.

No entanto, em duas notas já emitidas, o empresário disse que, em momento algum, procurou autoridade alguma para fazer relatos de ilicitudes cometidas por qualquer pessoa ligada a Gestão Municipal.

Informou ter ganho uma licitação junto à Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos e que denunciou o fato ao Ministério Público e ao Poder Judiciário após o certame ter sido cancelado, sendo contratada, de forma emergencial, uma outra empresa que teria apresentado proposta com maior valor.

O MP, vale destacar, arquivou a denúncia formulada pelo empresário.

O arquivamento foi patrocinado pelo promotor de Justiça Zanony Passos Filho, que está afastado da função (reveja) após o próprio Paulo Victor denuncia-lo por crime de extorsão (reveja e reveja).

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