Apartamento onde reside homem que dirigia “Carro do Milhão” está no nome do pai do prefeito de São Luís

Flagrado, no dia 16 do mês passado, dirigindo um veículo Renault Clio, de cor vermelha e placa NXH5E16, que foi estacionado na Rua das Andirobas, no Jardim Renascença, contendo em seu porta-malas mais de R$ 1 milhão, Guilherme Ferreira Teixeira reside em um apartamento, no Parque Shalon, que está no nome do ex-deputado estadual Antônio Carlos Braide, pai do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), candidato a reeleição.

A informação consta em um processo que tramitou no Tribunal de Justiça do Maranhão, de nº 08003344220218100153, e também em uma fatura da Equatorial Energia atestando que Guilherme Bucho, apelido pelo qual o homem é conhecido, é o titular da conta do referido imóvel.

O apartamento fica localizado no sexto andar do Condomínio Ilhas Gregas.

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Guilherme foi secretário parlamentar de Eduardo Braide quando este exerceu o cargo de deputado federal, até o fim de 2020.

No ano seguinte, foi nomeado em cargo comissionado na Secretaria Municipal de Governo da Prefeitura e, em 2023, deixou o posto para assumir outra função comissionada no gabinete do deputado estadual Fernando Braide (PSD), irmão do prefeito, de onde já foi exonerado.

Guilherme Teixeira apareceu nas imagens do circuito de segurança de prédios e residências próximas estacionando o automóvel e, em seguida, entrando em um Honda Fit, placa NHJ8667 e de cor preta, registrado no nome de Antônia Maria Martins Braide, mãe de Eduardo Braide e que faleceu em 2010.

No momento do fato, quando Policiais Militares realizaram abordagem, quem se apresentou no local como proprietário do Renault Clio foi Carlos Augusto Diniz da Costa

Ele trabalhou como adesivador na campanha de Braide, em 2020, e foi nomeado em cargo comissionado na Secretaria Municipal de Informação e Tecnologia (SEMIT) no dia 1º de janeiro do ano seguinte, quando o já prefeito empossado assumiu definitivamente o cargo.

Carlos Augusto foi exonerado da função horas depois de comparecer à Superintendência e, orientado por advogados, negar-se a prestar maiores esclarecimentos sobre o assunto.

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