A eleição majoritária deste ano na cidade de Itapecuru-Mirim promete ser tumultuada.
Isto porque, a 016ª Zona Eleitoral do município acatou uma Ação de Impugnação de Registro de Candidatura de José Luís Maranhão Chaves Júnior (PL), que figura como vice-prefeito na coligação que tem a frente Fillipe Marreca (PRD).
Este fato pode motivar, inclusive, o impedimento de toda a chapa permanecer concorrendo no pleito marcado para acontecer no dia 6 de outubro.
Segundo o Ministério Público do Maranhão (MP-MA), ele, então Secretário da Cultura, faria parte de organização criminosa chefiada pelo ex-prefeito Magno Amorim, que teria desviado R$ 27 milhões de recursos públicos.
Na ação, todos os integrantes do núcleo político foram denunciados por crime de responsabilidade e pelo crime previsto no artigo 90 da Lei de Licitações, cuja pena prevista é de detenção de dois a quatro anos, além de multa.
Fillipe é filho do ex-prefeito Júnior Marreca, que teve uma gestão conturbada, alvo de processos judiciais, como por exemplo, uma Ação Civil Pública por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público.
A ação teve como objeto o contrato de terceirização para fornecimento de mão de obra firmado entre a Prefeitura de Itapecuru-Mirim e a empresa Interativa, em um artifício utilizado para burlar a regra da obrigatoriedade do concurso público.
A gestão do ex-prefeito também foi marcada por episódios como atrasos salariais dos servidores por longos períodos e obras inacabadas, entre outros temas que passaram por investigações.