Debate: Braide foge; Duarte se sai bem; Yglésio, Franklin, Arcangeli e Wellington polarizam troca de farpas

Três pontos marcaram o debate entre os candidatos a prefeito de São Luís realizado pelo portal Imirante.com, do grupo Mirante de Comunicação, na noite desta última quinta-feira (19).

O primeiro foi a ausência do prefeito Eduardo Braide (PSD), candidato a reeleição, que mais uma vez esquivou-se de discutir a cidade com os seus concorrentes.

Dos oito postulantes, Braide foi o único que faltou sem enviar qualquer tipo de justificativa.

Ele foi duramente criticado pelos participantes.

Em 2016, foi justamente nos debates de TV que o atual gestor conseguiu projeção para alcançar o segundo turno, no qual foi derrotado por Edivaldo Holanda Júnior, reeleito naquela ocasião.

Em 2020, quando obteve êxito nas urnas para o seu primeiro mandato, também participou de todos.

Braide não compareceu a nenhum dos debates promovidos até o momento, limitando-se a participar de entrevistas em veículos de comunicação alinhados à sua gestão.

Permanece em campanha aberta e irregular nas redes sociais utilizando obras públicas em andamento para “pavimentar” e “iluminar” o seu projeto de renovar o mandato.

Segundo alvo principal dos concorrentes, com a fuga de Braide, o deputado federal Duarte Júnior, candidato pelo PSB, saiu-se bem.

Conseguiu apresentar suas propostas e em rápidos confrontos diretos com os adversários manteve a calma e soube dar as respostas necessárias.

Duarte detém o maior tempo na propaganda eleitoral gratuita e o maior grupo político/partidário.

Chegou-se a cogitar a sua não participação no debate do Imirante.

No entanto, de forma acertada, a coordenação de sua campanha o orientou a se fazer presente.

As trocas de farpas foram polarizadas por Yglésio Moyses (PRTB), Franklin Douglas (PSOL), Saulo Arcangeli e Wellington do Curso (Novo).

Os dois primeiros travaram discussões no campo político e ideológico que chamaram a atenção.

Douglas, sempre que pôde, trouxe à luz o fato de Yglésio ter tido a vida pública construída no campo da esquerda; ser aliado do governador Carlos Brandão, do PSB; e agora apresentar-se como direitista, querendo assumir o papel de “Pablo Marçal de São Luís”.

A desconstrução surtiu efeito, uma vez que Yglésio solicitou vários pedidos de direito de resposta, a maioria não tendo sido atendida.

Biruta de aeroporto, Pablo Marçal fajuto e palhaço de debate foram alguns dos termos utilizados pelo candidato do PSOL contra o médico.

Franklin também criticou Duarte, que não respondeu as provocações, e utilizou o bloco específico para fazer pergunta ao ausente Eduardo Braide.

Yglésio, por sua vez, criticou o psolista o chamando de intelectual de gogó e afirmando que ele não possuía nenhum tipo de conhecimento sobre gestão pública.

O candidato do PRTB, que em um determinado momento do debate chegou a ensaiar gestos do próprio Marçal, candidato a prefeito em São Paulo, também criticou Saulo Arcangeli (PSTU) e o seu companheiro de Assembleia Legislativa, Wellington do Curso.

Sobre o segundo, disse que um candidato que não consegue pagar as suas próprias contas pessoais não tem condições de gerir a capital maranhense.

Referiu-se a um débito de condomínio que Wellington admitiu que detinha em 2016.

Do Curso respondeu que já havia pago o débito pessoal e lembrou Yglésio de que eles faziam parte do mesmo campo [da direita], pedindo respeito e elevação do nível do debate.

Saulo Arcangeli, sempre que foi confrontado e chamado de integrante de um consórcio comunista, ressaltou o que ele classificou de nova fase direitista vivida por Yglésio, também tecendo críticas à Duarte.

Os candidatos Fábio Câmara (PDT) e Flávia Alves (SDD) não entraram em confronto com os adversários e limitaram-se a apresentar suas propostas para a cidade.

Hoje, às 17h30, a TV Difusora, canal 4.1, realizará nova confronto entre os candidatos a prefeito da capital.

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