Não foi dos melhores o clima em um evento, realizado na noite de ontem, que marcou a desistência do ex-juiz Dr. Amílcar (PC do B) de concorrer à reeleição para o cargo de prefeito do município de Barreirinhas, principal porta de entrada dos Lençóis Maranhenses, para apoiar a candidatura do seu adversário, o ex-prefeito Léo Costa (Podemos).
Figurando em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto e com uma desaprovação que supera a casa dos 70%, o comunista se viu obrigado a abdicar do seu projeto para declinar apoio a Costa, que já foi traído pelo grupo que alçou Amílcar ao comando da Prefeitura, em 2020.
Familiares do ainda prefeito, como a sua esposa, de acordo com o que foi apurado, mostram-se contrários a “união”.
No entanto, prevaleceu a força bruta imposta por políticos ligados ao chamado dinismo, que enxergam no casamento sem amor a única forma de tentar enfrentar a candidatura do engenheiro Vinicius Vale (MDB), líder absoluto na preferência do eleitorado.
Em 2016, Léo Costa, sentado na cadeira de prefeito, viu a sua reeleição naufragar após uma manobra patrocinada pelo então governador Flávio Dino que, irmanado com o então deputado federal Weverton Rocha, lhe retirou o PDT, o impedindo de tentar renovar o mandato.
Na ocasião, o pleito foi vencido por Albérico Filho (MDB), que bateu nas urnas o próprio Amílcar, que contava com o apoio de Dino.
Quatro anos mais tarde, o ex-juiz, com o aval do Palácio dos Leões, venceu o agora aliado elegendo-se para o seu único mandato, que irá findar-se no dia 31 de dezembro.
É este jogo de traições e conspirações pelo poder que permanece no subconsciente dos eleitores insatisfeitos com o cenário de caos administrativo instalado em Barreirinhas.
É que pesa extremamente desfavorável aos novos amigos e aliados.