Yglésio é exposto em debates

Tentando se estabelecer como opção da direita e dos bolsonaristas em São Luís, o deputado estadual Yglésio Moyses, candidato a prefeito pelo PRTB, adotou, nos debates recentes dos quais participou, postura mais dura em relação não apenas aos adversários do campo da esquerda, mas também em relação ao seu colega de Assembleia Legislativa, Wellington do Curso, candidato a prefeito pelo Novo, sigla direitista.

Tanto no Imirante, na noite de quinta-feira, quanto na TV Difusora, na tarde de ontem, o médico usou e abusou de gestos tentando parecer com o ex-coach Pablo Marçal, candidato a prefeito em São Paulo, e endureceu o discurso contra seus concorrentes.

Franklin Douglas, candidato a prefeito pelo PSOL, expos com perfeição o parlamentar, relembrando seu passado político no PT, PDT e PSB; destacando sua parceria com o governador Carlos Brandão, do PSB e aliado de primeira hora do presidente Lula; o classificando de adjetivos como “Biruta de Aeroporto” – que está do lado que lhe é conveniente – e “Palhaço de Debate”.

Yglésio, no Imirante, atacou Wellington do Curso relembrando um fato de 2016 no qual o professor foi flagrado devendo aluguel e condomínio.

Uma situação normal para qualquer cidadão comum.

Wellington, na ocasião, não reagiu fortemente, limitando-se a informar que a dívida havia sido quitada a muito tempo e solicitando ao seu colega de Alema que praticasse respeito para com ele, afinal, ambos, estão no mesmo campo político/ideológico.

Nesta sexta-feira, na TV Difusora, ao ser colocado em posição de desconhecedor da máquina pública, Do Curso finalmente também expos Yglésio.

Disse que o deputado deveria explicar aos eleitores sua mudança da esquerda para direita; relembrando, ainda, o fato dele ser aliado do Palácio dos Leões e de possuir um Instituto, registrado no nome da sua mãe, que presta serviço ao Governo.

O tom dado por Yglésio trata-se de uma estratégia de campanha.

Ele polariza com Do Curso, de acordo com as últimas pesquisas de intenção de voto divulgadas, as terceira e quarta colocações na disputa, não conseguindo chegar a dois dígitos.

Para ele, encarnar o personagem “Pablo Marçal” é uma questão de sobrevivência política que pode lhe render frutos futuros, na sua avaliação.

No entanto, está pagando o preço.

E, este, sempre será relacionado ao seu passado e futuro políticos recentes.

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