O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar fortemente filiados ao seu partido, o PL, que controlam diretórios estaduais.
A crítica recaiu principalmente nos ombros dos deputados federais Josimar de Maranhãozinho, presidente, de fato, da sigla no Estado, e Pastor Gil, aliado de “Moral da BR”.
Em entrevista a Rádio AuriVerde Brasil, nesta última quarta-feira (16), o capitão reformado do Exército, conforme mostrou o editor do Blog, rebateu fala do presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, que afirmou que no Maranhão não tem bolsonarista, além de ter defendido a permanência de Josimar no comando da legenda.
“Não são todos, mas a maioria que têm que ser expurgado. ‘Ah, não tem bolsonarista lá’. Quer dizer que não tem pessoas honestas no Maranhão? Temos como fazer no Maranhão quatro ou cinco deputados federais que vão orgulhar o estado”, disse Bolsonaro relembrando que teve que dispensar apoio ao deputado estadual Yglésio Moyses, do PRTB, para a eleição de prefeito de São Luís.
O ex-presidente, na entrevista, continuou e citou nominalmente os parlamentares: “Eu ralo que nem um condenado pelo Brasil levando a palavra de fé, de esperança, de que temos que acreditar, mostrando a nossa potencialidade. E temos três Estados no Brasil que, realmente, não tem como a gente continuar falando em PL se esses parlamentares destes três Estados continuarem na sigla. É passar a mão na cabeça de meia dúzia e prejudicar noventa é outra história. O Maranhão não vai ficar como tá. Eu sei que sou presidente de honra, apenas presidente de honra do partido, não mando nada aqui, mas não tem clima do nosso pessoal permanecer num partido onde se passa a mão na cabeça de marginais. Quando em cheguei em Imperatriz, tinha tido uma busca e apreensão nas casas de dois deputados do PL, o Maranhãozinho e o Pastor Gil. E lá, as notícias é o seguinte: deputados do Bolsonaro apanhados em corrupção. Eu não devo nada ninguém, não sou o dono da verdade, o pai da ética, mas estes parlamentares a continuarem no partido a gente não tem como realmente falar que o PL é um partido diferente. Ou expulsa esses dois, pegos em corrupção, ou então fica difícil a gente falar que o PL é um partido diferente”.
Josimar e Pastor Gil, recentemente, foram denunciados pela Procuradoria Geral da República pelos crimes de corrupção passiva e organização criminosa em um suposto esquema de desvio de recursos de emendas parlamentares.
Na denúncia, já encaminhada ao Supremo Tribunal Federal, a PRG aponta que o grupo ligado aos parlamentares teria agido para desviar parte dos recursos destinados à Prefeitura de São José de Ribamar, quando o município era gerido pelo então prefeito Eudes Sampaio.
Abaixo, assista trecho da entrevista: