Nesta quarta-feira (24), o Sindicato dos Rodoviários do Maranhão reuniu novamente a categoria para tomar decisões importantes.
A entidade deu um prazo para que os empresários pudessem apresentar uma nova contraproposta em relação a Convenção Coletiva de Trabalho, o que não aconteceu.
A proposta dos Rodoviários contempla toda a categoria. Os trabalhadores pedem: reajuste salarial de 12%; aumento do ticket alimentação para 650 reais; manutenção dos demais benefícios, como planos de saúde e odontológico e ainda, a permanência da função de cobrador, evitando assim, a demissão em massa dos trabalhadores.
Já a contraproposta dos empresários, é considerada um desrespeito a categoria e destaca: Congelamento de salários (sem novo reajuste); congelamento no valor do ticket alimentação (sem novo reajuste); a participação da categoria no pagamento de 50% do plano de saúde; acabar com o plano odontológico; terceirizar o pessoal da manutenção e do administrativo e o item mais grave, os patrões querem a extinção da função de cobrador, o que resultaria na demissão destes profissionais.
Diante de todo esse descaso, a categoria votou e decidiu que a partir de agora, os Rodoviários já estão em Estado de Greve. Caso não ocorra nenhum avanço, os trabalhadores cruzarão os braços na sexta-feira (26), em dois períodos do dia (pela manhã nas primeiras horas e a tarde das 15h até às 18h), em uma paralisação de advertência. Se os empresários não convocarem os diretores do Sindicato para uma nova rodada de negociação, a greve geral será deflagrada a partir de segunda-feira (29).
“Trabalhadores, em primeiro lugar quero agradecer a presença de todos que foram até a Assembléia, preocupados com a defesa de nossos direitos. Estamos confiantes que juntos, unidos, conseguiremos atingir nossos objetivos. Quero esclarecer a toda a população da capital, que de fato, essa é uma medida drástica, mas estamos adotando, por não restar outra alternativa, devido a resistência dos empresários. Fomos disponíveis, pacientes e nos mostramos sempre com boa vontade em negociar, mas em nada as nossas reivindicações foram atendidas. Chegou a hora de mostrarmos a nossa força. Nosso objetivo não é causar nenhum transtorno a cidade, mas que sejamos, acima de tudo, respeitados”, concluiu Isaias Castelo Branco, presidente da entidade.