Valdemar diz que auditoria eleitoral da sigla não foi concluída

Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro, enviou uma mensagem nesta terça-feira (15/11) a deputados do partido afirmando que a fiscalização do sistema eleitoral encomendada pela legenda ainda não foi concluída e não há, portanto, documento conclusivo sobre o trabalho.

Encomendado ao Instituto Voto Legal, o trabalho foi contratado pelo PL para atender a uma demanda de Bolsonaro sobre a necessidade de fiscalizar as urnas eletrônicas e a possibilidade de fraude.

Na mensagem, Valdemar Costa Neto faz menção a uma reportagem do site Antagonista, publicada nesta terça-feira. Segundo o texto, o PL pedirá a anulação das eleições, e cita um documento produzido pelo Instituto Voto Legal que aponta mau funcionamento de urnas fabricadas em 2009, 2010, 2011, 2013 e 2015.

Valdemar não desmente a informação do site sobre a anulação das eleições, mas diz que o documento publicado estaria “obsoleto” e “estudos” estariam em andamento.

Escreveu Valdemar:

“O trabalho de fiscalização do PL termina em dezembro, está em andamento. Ainda não foi divulgada qualquer versão final de relatório, temos estudos em andamento. A versão publicada pelo Antagonista é obsoleta e não está assinada por ninguém”.

Depois de O Antagonista revelar a estratégia do PL de questionar formalmente o resultado da eleição presidencial, o engenheiro Carlos Rocha, presidente do Instituto Voto Legal, contratado pelo partido, emitiu nota para dizer que “o trabalho de fiscalização do PL termina em dezembro, está em andamento”.

“Ainda não foi divulgada qualquer versão final de relatório, temos estudos em andamento. A versão publicada pelo Antagonista é obsoleta e não está assinada por ninguém”, afirmou. Como mostramos, o IVL foi contratado pelo partido de Valdemar Costa Neto para auditar o processo eleitoral.

Embora classifique de “obsoleto”, o documento publicado por O Antagonista é datado desta terça-feira 15 e foi compartilhado internamente na cúpula do PL e do governo de Jair Bolsonaro. Trata-se, portanto, de um documento real e atual, ainda que não seja a versão final — como, aliás, está estampado na primeira página.

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