O ex-governador e senador eleito pelo Maranhão, Flávio Dino (PSB), defendeu, nesta quinta-feira, a manutenção do atual modelo no qual os setores da Justiça e Segurança Pública estão juntos em um só Ministério.
Integrante da equipe de transição do governo Lula justamente nas duas áreas, o maranhense tratou do tema em Brasília, durante entrevista a veículos de comunicação, minutos antes de iniciar a primeira reunião do grupo de trabalho no Centro Cultural Banco do Brasil.
“Tecnicamente, eu sempre defendi o modelo de integração”, disse.
“O presidente Lula conhece as posições e caberá a ele decidir. O grupo técnico vai tratar de política pública, de segurança na Amazônia, de crimes digitais, questão penitenciária, consumidor. Vamos esperar a posição do presidente Lula, ele é o técnico. Jogador não escala time, quem escala time é técnico. A minha posição é que eu não sou presidente da República”, completou.
Flávio Dino trabalha junto ao petista para manter o Ministério da maneira que está.
Ele é cotado para assumir a pasta.
No entanto, em uma outra ponta, aliados de Lula que participam da transição defendem a separação.
Em entrevista à imprensa no CCBB, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, questionado sobre possibilidade de Dino vir a assumir o Ministério, afirmou: “Espero que sim”
Armas – Flávio Dino também defendeu revogar os decretos armamentistas de Jair Bolsonaro (PL). Para ele, este é o “escopo principal” do grupo técnico de Justiça e Segurança Pública.
Ele explicou que o porte permitido pelos decretos não configura um direito adquirido.
O senador eleito avaliou que a lei que instituiu o Estatuto do Desarmamento no Brasil foi “objeto de desmonte” pelo governo Bolsonaro, que editou portarias e decretos flexibilizando a posse e o porte de armas.
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