Em entrevistas à imprensa, nos últimos dias, senador eleito sustentou posição de manter Justiça e Segurança juntas em Ministério e afirmou que ainda aguarda decisão de Lula para definir seu futuro político.
O ex-governador e senador eleito pelo Maranhão, Flávio Dino (PSB), em entrevistas concedidas a veículos de comunicação, nos últimos dias, afirmou que o governo eleito do presidente Lula (Lula) tem o dever de acabar com atos ilegais patrocinados por apoiadores do ainda presidente Jair Bolsonaro (PL).
“A primeira delas diz respeito ao cumprimento da lei por todos. Há pessoas que estão praticando, de forma flagrante, crimes tipificados no Código Penal. É um dever do atual governo enfrentar a situação, mas se até o dia 1º de janeiro isso não ocorrer, a nova gestão terá de atuar para, por exemplo, colocar fim aos cercos ilegais aos quartéis do Exército. O primeiro passo é garantir as leis. Precisamos criar uma espécie de catequese democrática”, afirmou o socialista à Veja.
Membro da equipe de transição, Dino voltou a sustentar posição no sentido de manter Justiça e Segurança Pública juntas em um Ministério, como está atualmente.
O maranhense é cotado para assumir a pasta e trabalha pela manutenção do atual modelo.
“A minha posição é conhecida e deriva da minha atuação como juiz criminal durante doze anos. Não existe política pública de segurança se você fracionar a atuação dos instrumentos que são imprescindíveis. Eu me refiro ao Judiciário, à polícia, ao Ministério Público. Se vai cuidar de segurança na Amazônia, por exemplo, tem de levar em conta essas e outras instituições. Quanto maior a integração, melhor. Mas, obviamente, qualquer que seja a decisão, será por mim executada da melhor forma, porque cabe a Lula definir o organograma da Esplanada”, disse defendendo, mais uma vez, a revogação de decretos armamentistas criados na gestão Bolsonaro.
Questionado sobre a possibilidade de, de fato, tornar-se ministro de Lula a partir de janeiro, Flávio Dino afirmou que ainda não houve nem sondagem.
Porém, garantiu estar pronto para ajudar o novo governo e o Brasil no Congresso ou como auxiliar do petista.
“Quando digo que vou colaborar, pode ser como integrante do governo ou como senador”.