O senador eleito pelo Maranhão e próximo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), perdeu a queda de braço que travava nos bastidores com o objetivo de trazer para sua pasta o comando do Conselho de Controle de Atividades Financeiras.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tomará posse dia 1º de janeiro, decidiu transferir o Coaf, atualmente subordinado ao Banco Central, para o Ministério da Fazenda, que será comandado pelo ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT).

Além de manter Justiça e Segurança Pública juntas, desafio que já conseguiu superar, Dino, de acordo com informações de bastidores, também queria que o Conselho estivesse subordinado a ele, assim como a Receita Federal (reveja).

O Coaf é responsável por fiscalizar transações financeiras e evitar lavagem de dinheiro e ocultação de bens.

Ele era vinculado à Fazenda até o governo Temer. No início da gestão Bolsonaro, porém, o conselho foi transferido para o MJSP a pedido do então ministro Sergio Moro.

O Congresso Nacional alterou a decisão de Bolsonaro e devolveu o órgão, primeiro, para o Ministério da Economia e, depois, para o Banco Central.