Dino diz não ser profeta e dispara contra “direita golpista”

O senador e atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), rebateu, neste fim de semana, acusações feitas por políticos do campo da direita afirmando que ele e o presidente Lula (PT) tinham conhecimento, com antecedência, dos atos de vandalismo que seriam praticados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no último dia 08, em Brasília.

Na última sexta-feira (13), o senador eleito pelo Espírito Santo, Marcos do Val (Podemos), afirmou que pedirá a prisão do ex-governador do Maranhão por crime de prevaricação.

De acordo com ele, um dia antes dos atos de vandalismo, Dino foi informado pela Polícia Federal sobre intensa movimentação de pessoas que, inconformadas com o resultado das Eleições 2022”, organizavam “caravanas de ônibus se deslocarem até Brasília/DF”.

“Segundo relatado, o referido movimento teria a intenção de promover ações hostis e danos contra os prédios públicos dos Ministérios, do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e, possivelmente, de outros órgãos como o Tribunal Superior eleitoral”, diz um trecho de um ofício divulgado por do Val e que teria sido encaminhado por Dino, na noite de sábado, dia 07, ao governador Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal.

“A direita golpista insiste no desvario que eu poderia ter evitado os eventos do dia 8. Esclareço, mais uma vez, que o Ministério da Justiça não comanda policiamento ostensivo nem segurança institucional. A não ser em caso de intervenção federal, que ocorreu na tarde do dia 8”, afirmou Flávio Dino nas redes sociais.

“Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública…” Está no artigo 144, parágrafo 5º, da Constituição. Polícia Federal é polícia judiciária e não tem atribuição de segurança institucional dos prédios dos 3 Poderes. Fico pensando se eu tivesse proposto intervenção federal ANTES dos eventos do dia 8. O que diriam: “ditadura bolivariana, Coreia do Norte, Cuba, etc etc”. Propus intervenção federal com base real, não com base em presunções. Não sou profeta. Tampouco “engenheiro de obra pronta”, completou o ministro.

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