Um fato passou desapercebido, antes do Carnaval, quando o plenário da Assembleia Legislativa votou pela indicação do nome do novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão, qual seja o advogado Daniel Itapary Brandão, de 37 anos, que já assumiu o cargo.
Dos 40 parlamentares presentes – a presidente Iracema Vale (PSB) governava interinamente o Estado – apenas o deputado Fernando Braide (PSD), irmão do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), se absteve de votar no sobrinho do governador Carlos Brandão (PSB).
Fernando, antes da eleição que definiu a nova Mesa Diretora da Alema, declarou voto para presidência em Iracema Vale (PSB), candidata do governador.
Até aí, tudo bem, tudo tranquilo.
Foi na formação da chapa única para a Mesa, de acordo com o que foi apurado, que o deputado começou a distanciar-se do Governo.
Braide queria fazer parte da nova Mesa Diretora, o que não ocorreu.
Nos bastidores, aponta-se que o deputado deseja, sim, integrar a base governista.
E talvez isso explique o seu recente gesto contrário – como forma de chamar a atenção.
Se irá, ou não, tornar-se governista convicto, somente os próximos capítulos irão revelar.
Tem que dançar conforme a música do governo para sobreviver politicamente. No Brasil, a forma que os políticos adotaram para fazer política é nefasta porque um poder se subordina ao outro conforme as conveniências dos poderosos. Governo quando quer algo seduz os parlamentares com milhões, benesses, cargos comissionados para que os políticos ofereçam aos seus afilhados. Isso ocorre na esfera municipal, estadual e principalmente federal.
É utopia o cidadão achar que ao votar num político, este defenderá os interesses da população.