O secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública e ex-secretário de Comunicação do Governo do Maranhão, Ricardo Cappelli, será convocado para oitivas na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).
Ele foi interventor do sistema de Segurança Pública do DF por um mês.
O requerimento pedindo a convocação dele foi aprovado pelos deputados distritais que compõem a comissão na Casa. Cappelli ocupou o cargo de interventor, após determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), da tarde de 8 de janeiro até 31 de janeiro, quando passou a pasta ao secretário Sandro Avelar, escolhido por Celina Leão (PP). Atualmente, Cappelli exerce a função de secretário-executivo do Ministério da Justiça.
Além desse requerimento, os parlamentares aprovaram outros 19 itens, incluindo um pedido para ouvir o tenente-coronel Paulo José, que ocupava a função do coronel Jorge Eduardo Naime, que estava de férias entre os dias 3 e 8 de janeiro. Ele chefiava o Departamento de Operações (DOP) da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) nos atos de 8 de janeiro.
O ex-secretário-executivo da SSP Fernando de Sousa Oliveira foi ouvido pelos deputados, na manhã dessa quinta-feira. Lá, ele disse que Anderson Torres não o apresentou ao governador Ibaneis Rocha (MDB) e nem aos comandantes das forças de segurança do DF.
“Não houve a apresentação formal. O secretário Anderson (Torres) disse que tinha uma agenda, posterior, a qual seria cumprida. Eu, com a viagem dele (aos EUA), assumiria a secretaria por meio de portaria na segunda-feira (9/1), na qual o secretário estaria de férias. A partir daí, iniciaria as apresentações oficiais. No período do dia 4 ao dia 8, não houve nada oficial da minha pessoa”, disse.