A direção nacional do PSB começará a discutir formalmente, nesta quinta-feira, proposta de federar o partido com o PDT, noticiou reportagem do Jornal do O Globo divulgada hoje.
O objetivo é dar sobrevida as legendas, contribuindo para fortalece-las no Congresso Nacional com um bloco que terá 31 deputados federais – 17 pedetistas e 14 socialistas – e sete senadores.
O que está sendo decidido no Planalto, onde o que importa é possuir representatividade em busca de espaços de poder e também já mirando nos pleitos de 2024 e 2026, refletirá na Planície.
No Maranhão, por exemplo, a federação, caso, de fato, se estabeleça, unirá o ex-governador Flávio Dino, atual ministro da Justiça e Segurança Pública, e o governador Carlos Brandão, ambos do PSB; ao senador Weverton Rocha, do PDT.
O trio passou sete anos como aliado. Rompeu quando Rocha decidiu concorrer ao Governo do Estado e Brandão se estabeleceu como candidato a reeleição.
Setores da imprensa local avaliam que a possibilidade de união entre as siglas também representará o reagrupamento do trio.
Ledo engano.
O PSB é comandado no Estado por Flávio Dino, que está licenciado do mandato de senador.
O PDT tem como presidente regional o próprio Weverton Rocha.
É até inocência imaginar um cenário no qual Carlos Brandão estaria inserido em uma federação na qual ele não teria nenhum poder de decisão.
O governador, na verdade, já busca um novo endereço partidário que ele possa chamar verdadeiramente de seu e aonde ele dê as ordens.
Portanto, caso a união entre PSB e PDT prevaleça, na Planície maranhense, fatalmente ela não terá como integrante o chefe maior do Palácio dos Leões.
E, seja qual for o endereço partidário de Carlos Brandão, este se tornará forte porque irá alterar as composições na Assembleia Legislativa, Câmaras Municipais e, claro, as filiações de prefeitos e prefeitas.