A relação tensa entre o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), só piora a cada dia que passa.
Nesta terça-feira, o noticiário nacional trouxe mais capítulos da situação conflituosa já constatada entre os dois políticos.
O presidente da CPMI do 8 de janeiro, deputado Arthur Maia (UB – BA), apresentou um conjunto de cinco convocações e um convite para participar da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito.
O referido convite foi endereçado justamente ao ex-governador do Maranhão.
O ato foi visto como uma reação ou recado do presidente da Câmara à Dino.
Na semana passada, vale relembrar, uma operação da Polícia Federal deflagrada em Alagoas atingiu vários aliados de Lira.
O deputado teria cobrado explicações do Palácio do Planalto e conversado com o próprio Dino sobre o assunto, que negou direcionamento da ação objetivando causar constrangimentos ao parlamentar.
À imprensa, sobre a operação da PF, Arthur Lira disse estar tranquilo, afirmando que o trabalho, em nada, tem relação com sua atuação.
No entanto, em entrevista a Globo News, Flávio Dino confirmou que o presidente da Câmara procurou o governo para discutir a ação da PF que atingiu seus aliados.
A Operação Hefesto mirou um grupo suspeito de fraude em licitações bancadas com recursos do FNDE para a compra de kits de robótica em Alagoas.
Um ex-assessor de Lira, Luciano Cavalcante, está entre os investigados. Cavalcante pediu exoneração da liderança do PP na Câmara nesta semana.
“[Lira] indagou pelo fato de haver pessoas próximas a ele. Aliados, ou assessores, enfim”, disse Dino à Globo News.