A frente ampla de nove partidos formada para dar governabilidade ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tende a protagonizar embates e criar problemas para o Palácio do Planalto nas eleições do ano que vem.
O heterogêneo matiz ideológico do governo deve colocar ministros em palanques opostos nos pleitos municipais de capitais como São Paulo, São Luís e Fortaleza.
A coalizão de Lula está prestes a se diversificar ainda mais com a iminente entrada do Republicanos e do PP, que compunham a base do governo Jair Bolsonaro e agora negociam espaço na Esplanada. Além do PT, hoje chefiam ministérios as siglas: PSB, PCdoB, PSOL, PDT, Rede, União Brasil, MDB e PSD.
Adversários políticos na capital maranhense, os ministros da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), e das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), caminham para um embate na eleição. O titular da Justiça e Segurança Pública deve apoiar o deputado federal Duarte Jr (PSB), cuja pré-candidatura foi referendada pelo presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, e deve ter o PT na vice.
Juscelino, por sua vez, trabalhará novamente pelo deputado estadual Neto Evangelista, que disputou a prefeitura de São Luís em 2020 já com forte participação do atual ministro das Comunicações.
O deputado federal André Fufuca (MA), que deve assumir em breve uma pasta no governo Lula, também pode se somar a essa lista. Seu partido, o PP, ainda avalia a estratégia para eleição de São Luís.
No último pleito, a legenda apoiou um candidato do PCdoB, deputado federal Rubens Jr., que não foi para o segundo turno.
O povo maranhense deveria ter vergonha de enviar para Brasília por meio do voto o deputado e agora ministro Juscelino Filho.
Em termos de produtividade um gari ganha desse cidadão em utilidade, mas perde em salário.