O senador Weverton Rocha (PDT) e o ex-senador Roberto Rocha manifestaram-se sobre a operação da Polícia Federal, denominada de Benesse e deflagrada na última sexta-feira, que teve como alvo a prefeita de Vitorino Freire, Luanna Rezende (União Brasil), afastada do cargo por determinação do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal – reveja, reveja e reveja.
Ela é irmã do deputado federal licenciado e atual ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), que teve bloqueados da sua conta pessoal R$ 835 mil por decisão do próprio Barroso.
A prefeita e o ministro, de acordo com a investigação da PF, são apontados como integrantes de grupo criminoso que desviou recursos federais destinados à Vitorino Freie por meio de emendas parlamentares e com o apoio da empresa Construservice Empreendimentos e Construções Ltda, de propriedade do empresário Eduardo José Barros Costa, mais conhecido como Eduardo DP, já investigado sob a acusação de desviar verbas federais da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
A Polícia Federal, vale destacar, é subordinada ao ex-governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), atual ministro da Justiça e Segurança Pública.
“A expedição dos mandados de busca e apreensão e o afastamento da prefeita foram motivados por uma investigação que não começou agora, nem sofreu com resistência de cooperação da Prefeitura ou da prefeita. Luanna afirma que entregou todas as informações que lhe foram solicitadas. Luanna Bringel foi reeleita prefeita com uma maioria avassaladora. porque tem realizado um trabalho sério, com resultados efetivos no município. Por que razão, então, aconteceu uma operação com tanta exposição na mídia e o pedido de afastamento de uma prefeita muito bem avaliada e que vem cooperando com os órgãos investigadores? A resposta parece estar nos interesses políticos de atingir o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, que chegou a ter um pedido de mandado de busca e apreensão feito pela Polícia Federal. O pedido foi negado pelo ministro Luis Roberto Barroso, que, com seu conhecimento jurídico, não viu razão para uma medida tão drástica. Já há algum tempo estamos vivendo um clima muito ruim de criminalização da política. Há uma tentativa persistente em associar a corrupção ao ato de enviar emendas, que é parte das obrigações dos parlamentares. Aponta-se o dedo primeiro, com denúncias que ganham muita visibilidade nos noticiários e nas redes sociais. E quando, posteriormente, as investigações mostram que não houve crime, dolo ou corrupção, a divulgação da verdade é nula ou quase nula. O que vemos é a espetacularização de ações policiais e denúncias ainda não apuradas, ou convicções sem evidências, como já disse um ex-promotor que perdeu o cargo por ajudar a prender o presidente Lula sem provas. Cortinas de fumaça que escondem o real objetivo, que é derrubar ministros, tirar adversário da disputa e favorecer lados políticos. O resultado disso é perigoso, porque é a descredibilização de todos os políticos, das instituiçõess e da democracia. A prefeita Luanna Bringel tem a minha total solidariedade, porque conheço seu trabalho. Minha solidariedade também ao ministro Juscelino Filho, que vem sofrendo ataques desde que assumiu o ministério e tem respondido com muito trabalho”, disse Weverton.
“O Brasil sempre sonhou com heróis imaginários, destinados a purgar nossos pecados. De Jânio a Collor, nunca falhou essa espera pelo herói salvador. A grande diferença, é que os heróis não vem mais do meio da política. O direito a defesa e a presunção de inocência, até onde sei, não foram revogados. Imaginemos um cenário em que fosse feita uma denúncia contra um juiz, que não tem sequer a proteção de um mandato. Seria ele afastado do cargo, antes da conclusão dos inquéritos? São perguntas que faço mas não encontro respostas. Talvez o alvo não seja nem a prefeita mas o seu irmão, o ministro das Comunicações deputado Juscelino Rezende Filho. Alguém duvida?”, twittou o ex-senador.
Nas redes sociais, Luanna Rezende divulgou a nota abaixo: