Deputado diz ter levado peitada de Flávio Dino e registra BO; ministro nega

O deputado federal General Girão (PL/RN) registou um boletim de ocorrência na Polícia Civil do Rio de Janeiro acusando o ministro da Justiça, Flavio Dino, de agressão. O caso, segundo o parlamentar, ocorreu na última quinta-feira (14/9), no Aeroporto Santos Dumont, também no Rio.

Segundo o BO, Girão afirmou que, por volta das 21h, o ministro da Justiça, acompanhado de seus seguranças particulares e da Polícia Federal, tentou intimidá-lo.

No documento, ao qual O GLOBO teve acesso, Girão afirma que Dino “tentou intimidá-lo, partindo para as vias de fato e o agrediu na região do tórax”. Dino nega as agressões físicas e diz que diante dos xingamentos proferidos, “a reação foi aproximar-se e pedir para o agressor deixar de ser mal-educado e grosseiro”.

Na ocasião, de acordo com o termo de declaração do parlamentar ” o ministro partiu para vias de fato contra o parlamentar Elieser Girão chegando a deferir-lhe agressões no tórax”, aponta o depoimento.

O caso está em apuração na 20ª Delegacia de Polícia (Vila Isabel).

A assessoria de Girão afirmou já ter solicitado judicialmente as imagens do aeroporto, junto à Infraero, que comprovariam as agressões. Em plenário, Girão afirmou que foi chamado de “moleque” por Dino.
— Dino passou por mim, de longe, e fiz um gesto com a cabeça. Ele veio perguntar se eu estava falando com ele. Dino colocou as duas mãos no meu peito e mandou que eu me cuidasse. Ele estava acompanhado de policiais federais. Pedi para que não me encostasse e ele me chamou de moleque. Este sujeito é cotado para o Supremo Tribunal Federal, é um absurdo. Se ele se porta assim antes de ter um cargo tão importante em mãos, imagine depois — afirmou.

A reportagem acionou a assessoria de comunicação do ministro Flávio Dino. Em nota, a pasta negou as agressões. “O ministro Flávio Dino nega agressões físicas. Pelo contrário, diante de xingamentos proferidos pelo citado senhor, que o Ministro não conhecia, a reação foi aproximar-se e pedir para o agressor deixar de ser mal-educado e grosseiro. Há várias testemunhas”, aponta o comunicado.

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