O ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, em entrevista ao Jornal O Globo, nesta última sexta-feira, afirmou que, caso assuma uma vaga de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF) por indicação do presidente Lula, no lugar da já aposentada Rosa Weber, jamais deixará o cargo futuramente para aventurar-se novamente na seara política.
O ex-governador do Maranhão e senador licenciado, que é filiado ao PSB, enfatizou sua convicção de que não usaria a toga do STF para conquistar popularidade caso fosse nomeado.
Ele considerou essa decisão como definitiva, embora também tenha deixado um espaço para dúvidas ao mencionar: “Ou será, sei lá”.
No entanto, ele insiste que sua nomeação para o STF é algo que ele encara como uma responsabilidade quase funcional, caso seja convidado pelo presidente da República.
Na última quinta-feira, Dino reuniu-se com Lula, oportunidade na qual saiu convencido de que o melhor cenário para ele é a suprema corte.
O maranhense teria reclamado ao petista do chamado fogo amigo do qual vem sendo alvo, citando como exemplo a divulgação de uma pesquisa do Instituto Atlas que o aponta como o ministro mais desaprovado pela população brasileira.
Dino, nos bastidores, já vem costurando politicamente para ter o seu nome aprovado no Senado.
Reuniu-se, por exemplo, segundo site Metrópoles, com Valdemar da Costa Neto, presidente nacional do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Neto, neste sábado, ao ser questionado sobre o assunto, afirmou que seu partido não deve votar contra uma eventual indicação de Flávio Dino para o STF.
“Se for um cidadão preparado, que é o caso, devemos votar a favor”, destacou.