O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está sendo aconselhado a deixar para o ano que vem a indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF) para a vaga da ex-ministra Rosa Weber.
Integrantes do governo com trânsito no Judiciário argumentam que um anúncio neste momento serviria apenas para “queimar” a indicação do petista. Para sustentar essa visão, afirmam que a votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, etapa que antecede a posse no STF, pode levar tempo.
Os aliados de Lula ressaltam que Davi Alcolumbre (União Brasil- AP), que preside o colegiado e tem a prerrogativa de determinar a data da pauta, tem histórico de atrasar a aprovação de indicados.
A demora, segundo aliados do presidente, seria utilizada por Alcolumbre como moeda de troca em negociações com o Palácio do Planalto.
Além disso, integrantes do governo lembram que faltam menos de 50 dias para dezembro, mês menos movimentado no Congresso Nacional.
Eles sustentam que, para reduzir a influência de Alcolumbre, ou pelo menos ganhar tempo nas negociações com ele, o melhor seria que Lula adiasse a indicação para 2024.