A promotora de Justiça da Comarca de São José de Ribamar, Elisabeth Albuquerque de Sousa Mendonça, saiu em defesa do governador Flávio Dino (PC do B) e do seu marido, Eugênio Mendonça, diretor de Engenharia da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) e que, ontem, teve a casa revistada por policiais federais que cumpriram mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça Estadual no bojo da Operação Draga.

Em entrevista ao Jornal Pequeno, publicada na edição desta quinta-feira (13), a promotora afirmou que o contrato objeto da operação data da gestão anterior e que, inclusive, já foi analisado pelo Tribunal de Contas do Estado, que entendeu pela sua legalidade.

Elisabeth classificou como maldosas e levianas as especulações formatadas por um ex-funcionário demitido da Emap.

De acordo com ela, tal situação teve dois propósitos: um de cunho pessoal, para atingir a “minha pessoa”, através do meu marido, e o outro de cunho político para atingir o governo Flávio Dino.

“Em um estado que imperava um deserto de bons e honestos homens, não é surpresa que aqueles acostumados a operar nas sombras tentem a todo custo impedir o percurso de um bom caminho”, afirmou.

A operação Draga foi deflagrada pela Polícia Federal com o objetivo de apurar possível fraude na licitação, execução e fiscalização de obra de drenagem de aprofundamento executada no Porto do Itaqui, em São Luís, gerido pela Emap.

Além da casa de Eugênio Mendonça, outros dois mandados foram cumpridos ontem na capital – um no próprio Porto e outro na residência de Lucídio Frazão, coordenado de projetos do órgão estadual.

Por determinação da Justiça, Frazão e Mendonça, que foram nomeados por Flávio Dino, estão proibidos de ter acesso as dependências da Emap e tiveram suas funções públicas suspensas pelo prazo de 90 dias.

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