O governador Carlos Brandão e o ministro Flávio Dino, assim como integrantes dos seus núcleos políticos e outros aliados, já detém compreensão harmônica sobre seguinte cenário: a reeleição do prefeito Eduardo Braide ano que vem, caso se concretize, é uma ameaça séria ao projeto do Palácio dos Leões para 2026.
Na semana passada, conforme revelou o editor do Blog (reveja), Brandão e Dino reuniram-se em Brasília, oportunidade na qual entraram em entendimento sobre o pleito majoritário na capital maranhense.
Eles estarão juntos com o objetivo de destronar o projeto de poder de Braide em São Luís.
Brandonistas e flavistas entendem que, caso o atual gestor consiga renovar o mandato, chegará muito forte para a eleição na qual estará em jogo duas vagas para o Senado e a própria sucessão de Brandão.
E, de fato, a preocupação tem razão de existir.
Aliados do prefeito comentam, nos bastidores, que, caso Eduardo Braide consiga reeleger-se, isto o cacifará para alçar voos mais altos dois anos depois.
Falam da disputa para Câmara Alta e até mesmo o Governo.
Braide foi eleito em 2020, em plena pandemia da Covid, por um erro de estratégia do próprio grupo de Dino e Brandão, que rachou com seus vários candidatos se digladiando mutuamente.
Passou dois anos se beneficiando de um ambiente com muitos recursos, nenhuma fiscalização e pouca exigência por parte da população e da própria classe política, que não lhe incomodou com uma oposição mais forte direcionada para mostrar a verdadeira realidade de setores que permanecem ineficientes, como transporte público, saúde e educação.
Chegará ao fim do seu terceiro ano de governo bem perante a opinião pública e com os cofres da Prefeitura abarrotados.
Brandão e Dino, que possuem gestões bem avaliadas junto ao eleitorado de São Luís e forte poder de influência, de acordo com todas as pesquisas de intenção de voto divulgadas até o momento, sabem do perigo que representa a reeleição do prefeito para a manutenção do projeto do seu campo político para os próximos anos após 2024.
E irão reagir.
Seja lançando candidaturas competitivas para levar a disputa para o segundo turno, onde o jogo se torna imprevisível; seja unindo forças em torno de um único nome.
A tática sairá de uma das alternativas citadas.