O promotor de Justiça Zanony Passos Filho (foto), que respondia pela Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, foi afastado do cargo, por um período de 120 dias, pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
A decisão foi comunicada na semana passada pelo corregedor nacional do MP, Moacyr Rey Filho, à procuradora e corregedora-geral do Ministério Público do Maranhão, Themis Pacheco de Carvalho, que já cumpriu a referida.
Neste mesmo dia, o parlamentar impetrou reclamação disciplinar contra o promotor no CNMP o acusando de extorsão mediante ameaça.
Paulo Victor afirmou que conheceu o promotor há um ano e este sempre se mostrou solícito até que, depois de um mês, foi convidado por ele para conversar e que o mesmo queria cargos na Câmara – ocasião em que começaram as ameaças – prometendo resolver situações referentes a operações do MP contra vereadores.
Disse que Zanony chegou a enviar lista de pessoas a serem nomeadas no gabinete do presidente. Cobrando esse pedido, Zanony passou a mandar diversas mensagens, áudios e ligações para que não avançasse em medidas contra a Câmara.
Segundo Paulo Victor, as ligações eram diárias com os pedidos e duas pessoas chegaram a ser nomeadas e nunca teriam comparecido para trabalhar.
Em novo pedido de reunião, Zanony teria apresentado lista com pedido de mais nomeações, recebendo uma negativa do vereador.
“Após essa negativa, comecei a ser vítima de perseguição diária. Eram muitas ligações, muitas mensagens, diariamente. Ele me pediu cargos dizendo que ajudaria nas investigações ocorridas na Câmara e que ajudaria a resolver a situação”, ressaltou.
Ao seu pronunciar sobre as denúncias, à época, Zanony confirmou que havia, de fato, pedido ao parlamentar empregos para parentes seus, mas que isso não configurava extorsão e, nem tão pouco, ameaça.
Classificou, ainda, as acusações como falaciosas.
“O Promotor Zanony Passos Silva Filho não promove qualquer investigação em face do presidente da Câmara ou qualquer outro vereador, cabendo à 35ª Promotoria da Probidade, da qual é titular, investigar entidades sociais sob o aspecto cível, precisamente sobre ausência de prestação de contas de recursos recebidos”, comentou a defesa do promotor.
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