Polícia do Maranhão deflagra operação “Golpe do novo número”

A Polícia Civil do Maranhão, por meio do Departamento de Combate aos Crimes Tecnológicos (DCCT), vinculado à Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), deflagrou operação para dar cumprimento a dois mandados de busca e apreensão contra suspeitos de cometer o chamado “Golpe do novo número”.

Os mandados foram cumpridos com o apoio da Polícia Civil de Mato Grosso, já que os alvos residem em Cuiabá.

Os mandados de busca levaram à apreensão de vários dispositivos eletrônicos, entre celulares e computadores, além de documentos que serão analisados e que servirão de base para a continuidade das investigações. Com o cumprimento dessa primeira fase operacional, a Polícia Civil espera coletar mais elementos para elucidar os fatos e chegar a todos os envolvidos na prática criminosa.

De acordo com o chefe do DCCT, delegado Diego Campelo, os suspeitos teriam aplicado vários golpes financeiros por meio de uma prática já corriqueira, mas que ainda faz muitas vítimas e não só no Maranhão. Ele explicou como é a forma de atuação: “Criminosos habilitam um número com mesmo DDD da pessoa que querem tentar se passar, buscam imagens dessa pessoa em redes sociais e criam um perfil novo no aplicativo de mensageria WhatsApp. A partir daí, passam a enviar a seguinte mensagem aos contatos da vítima que tem a imagem utilizada: ‘Oi, mudei de número. Salva meu novo número aí'”.

“Em seguida, os criminosos, usando a imagem da pessoa que estão tentando imitar, informam que tem um problema para realizar um pagamento e solicitam uma transferência via PIX. Vítimas, acreditando se tratar da pessoa conhecida, acabam transferindo o valor para conta informada pelos criminosos. Geralmente, logo em seguida, se dão conta de que caíram em um golpe”, acrescenta o delegado Guilherme Campelo.

A investigação em questão apura os crimes de estelionato eletrônico, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Se coletadas provas suficientes para pedido de prisão e caso os suspeitos sejam responsabilizados pela Justiça, poderão pegar até 21 anos de prisão, somadas as penas previstas de todos os crimes.

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