Três testemunhas que seriam ouvidas nesta quarta-feira (19), na Câmara Municipal de São Luís, acerca de denúncia envolvendo o vereador Domingos Paz (DC), acusado dos crimes de assédio sexual e estupro de vulnerável, acabaram não comparecendo perante uma Comissão Processante formada pelos vereadores Chico Carvalho (PSDB); Fátima Araújo (PC do B); e Edson Gaguinho (PP).
A vereadora Divina Buranga, da cidade de Pedro do Rosário, negou-se a prestar depoimento, de acordo com o que foi apurado.
Ele é aliada do parlamentar evangélico e deveria ter sido ouvida na semana passada, oportunidade na qual também mostrou-se contrária a prestar informações presencialmente ou de forma virtual, por videoconferência.
A outra testemunha é irmã da suposta vítima, que teria sido abusada pelo vereador quando trabalhou como doméstica na sua residência no bairro do Anjo da Guarda, na capital maranhense.
A mulher também não se fez presente.
Uma terceira testemunha, também irmã da suposta vítima, chegou a iniciar o depoimento virtualmente, que acabou sendo suspenso devido ao estado alterado da mesma, que estava extremamente nervosa, principalmente devido as atuações da defesa de Domingos Paz e de Edson Gaguinho, que vem dando sinais claros de que pretende trabalhar para que o parecer da Comissão seja pelo arquivamento do caso.
Até o momento, de fato, prestaram depoimentos a suposta vítima e a vereadora Silvana Noely (PSB), que sustentaram suas versões apontado para a culpabilidade do parlamentar.
Denúncias – A Comissão Processante instituída pela presidência da Câmara para emitir parecer pela cassação, ou não, do mandato de Domingos Paz apura apenas uma denúncia contra o parlamentar evangélico.
No entanto, outras três foram formuladas pela vereadora Silvana Noely junto a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Casa.
A primeira denúncia refere-se a filha de uma liderança política da zona rural de São Luís que teria sido abusada pelo vereador quando tinha apenas 14 anos à época.
Outra foi relatada por uma mulher que afirmou ter sido assediada por Domingos Paz quando esteve em seu gabinete, no Palácio Pedro Neiva de Santana, para lhe entregar um currículo.
A terceira envolve uma sobrinha da esposa do vereador que, segundo o que foi relatado na Comissão de Ética, também teria sido vítima de abuso por parte de Paz.
Domingos Paz, vale destacar, permanece negando as acusações e afirmando ser inocente.
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