Novas imagens do “carro do milhão” comprometem família Braide

Imagens divulgadas ainda na noite desta última quinta-feira (01), sobre um carro com o porta-malas contendo R$ 1.109.000,00, que estava estacionado na Rua das Andirobas, no bairro Jardim Renascença, em São Luís, comprometem à família do prefeito Eduardo Braide (PSD), candidato a reeleição.

O caso ganhou repercussão nacional após o veículo Renault Clio – de cor vermelha, placa NXH5E16 e ano 2011- ter sido descoberto por Policiais Militares que foram checar, na última terça-feira (30), denúncia feita por moradores da região.

O blog do Domingos Costa mostrou que, esta, não teria sido a primeira vez que o automóvel estacionou na referida via, aonde reside, coincidentemente, segundo a publicação, a senhora Eline Loiola, sogra do médico Antônio Carlos Salim Braide, irmão do prefeito da capital.

As imagens mostram um homem, identificado como Guilherme Bucho, estacionando o veículo, descendo do mesmo e entrando em um Honda Fit, placa NHJ8667 e de cor preta, que estaria registrado no nome de Antônia Maria Martins Braide, mãe de Eduardo Braide e que já faleceu.

Guilherme, ainda de acordo com o que foi divulgado, exerceria cargo comissionado no gabinete do deputado estadual Fernando Braide (PSD), outro irmão do prefeito.

Na ocasião da descoberta do dinheiro, quem se apresentou no local e conversou com os PMs foi Carlos Augusto Diniz da Costa, que afirmou ser proprietário do veículo.

Carlos Augusto foi exonerado, na quarta-feira (31), do cargo comissionado de analista técnico, simbologia DAS-6, da Secretaria Municipal de Informação e Tecnologia de São Luís (SEMIT).

Ele havia sido nomeado no dia 1º de janeiro de 2021, data na qual Braide tomou posse.

Aos Policiais, ainda na Rua das Andirobas, Carlos Augusto não deu detalhes e disse apenas que havia emprestado o veículo.

Já na Superintendência Estadual de Investigação Criminal (SEIC), especializada que apura o caso, manteve-se em silêncio após a chegada dos seus advogados.

O delegado Augusto Barros, titular da Superintendência, informou, ontem, que a quantia já havia sido depositada em conta judicial e que ninguém, até aquele momento, havia reivindicado sua posse.

A Polícia Civil segue o rastro do dinheiro investigando as imagens dos circuitos internos de segurança de prédios e casas e as insígnias bancárias que acomodavam alguns maços de R$ 50, 100 e 200, por exemplo.

Personagens envolvidos no episódio também já começaram a ser ouvidos.

E novos desdobramentos, em breve, deverão vir à tona.

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