Carro do Milhão: Polícia executa busca e apreensão em residências do irmão do prefeito de São Luís

Policiais Civis da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC) cumpriram, na tarde desta terça-feira (20), mandado de busca e apreensão em duas residências do médico Antônio Carlos Salim Braide, irmão do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD).

Tonho Braide é investigado no inquérito policial instaurado para apurar o caso do veículo Renault Clio, de cor vermelha e placa NXH5E16, achado na Rua das Andirobas, no bairro Renascença, no dia 30 de julho, com o porta-malas armazenando R$ 1.109.350,00, cuja origem continua sendo investigada pela Polícia Civil

De acordo com o que foi apurado, os policiais estiveram no apartamento do irmão do prefeito, no bairro da Ponta do Farol, e uma propriedade sua situada entre os municípios de Itapecuru Mirim e Santa Rita.

No início deste mês, o irmão do prefeito não compareceu à sede da SEIC para prestar depoimento.

Seu pai, o ex-deputado Carlos Braide, se fez presente. 

Na ocasião, o advogado do médico, Armando Serejo, afirmou que o Honda Fit, placa NHJ8667 e de cor preta, que está registrado no nome da mãe do prefeito, já falecida, utilizado para dar carona a Guilherme Ferreira Teixeira, que estacionou o Renault Clio na Rua das Andirobas no dia 16 de julho, é de uso doméstico de todos os membros da família Braide e que é utilizado por motoristas para levar crianças ao colégio e fazer supermercado, por exemplo.

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Guilherme “Bucho” foi assessor de Eduardo Braide na Câmara Federal e exerceu cargo comissionado em sua gestão na Prefeitura.

A afirmação do advogado contraria fala do próprio prefeito que, em vídeo divulgado nas redes sociais, garantiu que o Honda, apesar de estar registrado no nome da sua falecida mãe, é de uso exclusivo de Tonho Braide, com quem não fala e não tem relação há quase três anos.

“Bucho” reside em um apartamento, no Parque Shalon, que teria sido comprado de Carlos Braide pelo valor de R$ 350 mil.

Ele e Carlos Augusto Diniz da Costa, que se apresentou aos Policiais Militares como dono do Clio e que também era cargo comissionado no governo do prefeito, permaneceram em silêncio em seus depoimentos na Superintendência.

A dupla também figura como investigada no caso, já tendo sido alvo de mandados de busca e apreensão.

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