O presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, e o ex-presidente Jair Bolsonaro, principal expoente da sigla, entraram em rota de colisão, nesta quarta-feira (16), tendo como ponto de divergência o Maranhão.
Em entrevista ao O Globo, Costa Neto defendeu que, para o pleito presidencial de 2026, seu partido adote em estados do Nordeste tom mais moderado, inclusive buscando alianças com legendas do campo do centro e até da esquerda.
Ao referir-se ao Maranhão, o presidente do PL deu a seguinte avaliação ao responder a uma pergunta de que se, seria o caso, trocar o diretório estadual por pessoas mais bolsonaristas.
“E vai encontrar bolsonarista onde no Maranhão? Agora, não é difícil, se você preparar o nosso pessoal, pedir para ir tirando esse pessoal desses partidos. Passa para o nosso ou passa para um outro partido que possa estar coligado com a gente. Mas isso não pode ser dez dias antes da eleição, como ele propôs para mim: “Não queremos coligação com ninguém da esquerda”, disse informando que o comando do partido do Estado deverá permanecer com o deputado federal Josimar de Maranhãozinho.
Bolsonaro, em entrevista a Rádio AuriVerde Brasil, rebateu a avaliação dizendo que alguns membros do PL maranhense têm que sair do partido.
“Não são todos, mas a maioria que têm que ser expurgado. ‘Ah, não tem bolsonarista lá’. Quer dizer que não tem pessoas honestas no Maranhão? Temos como fazer no Maranhão quatro ou cinco deputados federais que vão orgulhar o estado”, disparou relembrando que teve que dispensar apoio ao deputado estadual Yglésio Moyses, do PRTB, para a eleição de prefeito de São Luís.