Em um pronunciamento contundente na Assembleia Legislativa do Maranhão, o deputado estadual Júlio Mendonça expôs uma situação alarmante envolvendo 63 famílias da comunidade Mata Velha, que há séculos vivem no local.
Em um ato de coragem, Júlio trouxe uma denúncia feita por uma moradora, revelando o estado de desamparo em que se encontram, com direitos fundamentais ameaçados, em especial o direito ao trabalho e à moradia.
O deputado descreveu a tensão crescente na comunidade, provocada por um requerimento de posse de um proprietário que recentemente assumiu a terra. Esse indivíduo alega que os moradores estariam vendendo lotes, uma acusação que Mendonça prontamente desmentiu.
Ele afirmou que as demarcações vistas no terreno, feitas com sacos e garrafas plásticas, são apenas medidas improvisadas, pois chegou o momento de fazer a limpeza da área, para o plantio e caso essas famílias não consigam fazer as suas roças, as mesmas irão passar fome.“Essas famílias não estão vendendo terras, estão lutando para viver e se sustentar”, enfatizou o parlamentar, com um tom de indignação diante do que considerou uma distorção dos fatos.
Júlio, que esteve pessoalmente na área no início do ano, destacou que a situação conta com o acompanhamento próximo da Arquidiocese do município de Brejo, que tem sido um suporte moral e institucional para as famílias e também ressaltou que o Ministério Público Estadual já manifestou sua posição contrária à decisão de reintegração de posse, entendendo a urgência de preservar os direitos dessas famílias.
Além de sua firme defesa dos direitos das famílias, Mendonça destacou o profundo desespero vivido pela comunidade, que vê seu modo de vida ameaçado por um conflito fundiário que coloca em risco gerações de trabalho árduo. Ele apelou diretamente ao desembargador Dr. Ricardo Tadeu Bugarin, pedindo uma decisão célere e justa. O deputado concluiu com um chamado por justiça: “Essas 63 famílias precisam de proteção e de uma resposta que as dignifique.”
Agora, as atenções se voltam para os próximos desdobramentos, com a expectativa de que as instâncias judiciais e o poder público possam, juntos, construir um caminho que privilegie a justiça social e a dignidade humana.